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IGREJA









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CATÓLICAS

EVANGÉLICAS
históricas     pentecostais     neopentecostais




Igreja, no sentido genérico religioso, tem várias acepções ou usos dependendo do contexto: Em primeiro lugar, e mais elementar, se refere ao conjunto, reunião, congregação ou assembleia de cristãos. 
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NO SENTIDO GENÉRICO
VÁRIAS CONOTAÇÕES
PRIMEIRA CONOTAÇÃO
CONJUNTO, REUNIÃO, 
CONGREGAÇÃO, ASSEMBLÉIA
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Segundo, pode designar de forma geral a "igreja universal" composta por todos os cristãos de todos os tempos e lugares. 
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IGREJA DE TODOS OS TEMPOS
SÓ CRISTÃOS TRIGO
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Em terceiro lugar, pode designar um conjunto particular de cristãos de uma cidade ou localidade como vemos nas diversas cartas do Novo Testamento escritas para uma igreja em uma localidade. 
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Em quarto, pode se referir a uma denominação ou seita cristã onde seus fiéis ou membros formam uma comunidade ligada pelos mesmos laços de doutrina de e submissos a uma determinada liderança local ou mundial. 
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Em quinto, e como desdobramento histórico da anterior, pode designa uma instituição organizada formal e civilmente, separada ou não do Estado dependendo do país e época. 
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INSTITUIÇÃO ORGANIZADA
SEPARADA OU NÃO DO ESTADO
     depende do país...
     depende da época
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Por último, igreja pode se referir ao prédio de reunião e culto cristão, por extensão da igreja enquanto pessoas que congregam naquele local. Todas essas acepções do termo "igreja" dentro do cristianismo são legítimas e usadas normalmente nos diferentes ramos e denominações.[1]
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Etimologia

A palavra portuguesa IGREJA provém do substantivo composta grega ἐκκλησία [Ekklesía] que por sua vez é a combinação da preposição ἐκ [ek] ou εξ [ex] com o verbo καλέω [kaléo], sendo que ek ou ex tem o sentido de "para fora" e kaléo o sentido de "eu chamo" ou "eu convoco". O resultado seria o substantivo ἐκκλησία [Ekklesia] com o sentido etimológico de "chamados para fora" ou "convocados para fora".
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CHAMADOS PARA FORA
     Jesus falou "minha igreja"
     "meus chamados para fora"
PARA FORA
     do judaísmo?
     do chamado povo de Deus?
     da natural condenação eterna?
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Contudo, para se entender o significado corretamente, é de extrema importância compreender que essa palavra teve origem no contexto da democracia ateniense grega, portanto, era uma palavra originalmente de uso político.[2]
Naquele contexto político, o sentido de "ekklesia" (chamados para fora) era que os cidadãos eram chamados para fora de suas casas particulares para se reunirem publicamente na praça (em grego, ἀγορά [agorá]) para tratarem e deliberarem sobre a administração da cidade --- lembrando que em Atenas a democracia era direta.
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Os cidadãos que não "saiam para fora de suas casas" para se reunirem na praça eram chamados de ἰδιώτης [idiótes, de onde provém "idiota" em português][3], cujo sentido original era "o de “homem privado”, isto é, metido com seus próprios afazeres, afastado da gestão da coisa pública."[4]
Portanto, ekklesia (ou igreja em português) designava simplesmente a assembleia ou congresso público de cidadãos gregos (veja Atos dos Apóstolos 19.32,39,41).
 A Bíblia usa ekklesia ou igreja no sentido simples geral de: assembleia, congresso, congregação, reunião etc, sem conotações políticas e "os escritores do NT não parecem ter tido em mente a ideia de “convocados” quando falavam da ekklēsía".[2]
É importante saber a origem para não se cair em "falácias etimológicas"[5][6] que fazem um malabarismo com a palavra igreja (ekklesia) como a que diz que "o cristão é chamado para fora do mundo"[7], o que é um engano.
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Foi nesse sentido que a palavra grega ekklesia foi escolhida pelos tradutores da Septuaginta (a tradução grega da Bíblia Hebraica ou Antigo Testamento) para traduzir o substantivo hebraico קָהָל [qāhāl][8] usado pelos judeus para designar a congregação ou assembleia geral do "povo do deserto", reunida por Moisés.[9] Segundo K. L. Schmidt:
"A LXX usa ekklēsía cerca de 100 vezes, na maior parte para qāhāl. O termo ekklēsía tem o sentido básico de “assembleia” (cf. Dt 9.10; 1Rs 8.65); apenas o acréscimo de kyríou [do Senhor] dá a ele um sentido teológico (cf. Dt 23.2ss., etc.), ou uma expressão como “de Israel” (1Rs 8.14) ou “dos santos” (Sl 89.5, etc.) O uso de synagōgḗ [sinagoga] é similar. Este, também, é muitas vezes usado para qāhāl, e tem tanto um sentido geral (“assembleia”) quanto um sentido técnico (“congregação de Israel”)."[2]
Portanto, tanto em grego (Septuaginta e Novo Testamento) como em hebraico (Antigo Testamtento), "igreja" tem o significado genérico de assembleia, congregação, reunião etc, podendo ser usada, dependendo do contexto, em sentido religioso ou profano/secular de um simples ajuntamento com outras finalidades (veja Atos dos Apóstolos 19.32,39,41).
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"Dicionários gerais definem ekklēsía como 1. “assembleia” e 2. “igreja”. Léxicos do NT distinguem entre igreja como a. todo o corpo e b. a congregação local ou igreja na casa. A ênfase difere de acordo com a denominação, embora, por vezes, a unidade básica seja percebida. Visto que o NT usa um único termo, as traduções deveriam tentar fazer o mesmo, mas isso levanta a questão quanto a se “igreja” ou “congregação” é sempre adequado, especialmente em vista do uso do AT para Israel e do subjacente hebraico e aramaico. Deve-se também indagar o motivo pelo qual a comunidade do NT evita um termo cultual para si mesma e escolhe um termo mais secular. “Assembleia”, então, seria talvez o melhor termo, especialmente por possuir tanto um sentido concreto quanto abstrato, ou seja, tanto para o ato de congregar quanto para a assembleia."[2]




  1. Discutindo as vantagens e desvantagens de qual terminologia na tradução seria preferível no uso da língua comum, Schmidt diz que A palavra “igreja” sugere o aspecto universal e, etimologicamente, o fato de pertencer ao Senhor (kyriakón), 
  2. mas esta palavra "igreja"  tem a desvantagem de ter adquirido uma nuança hierárquica. 
  3. A palavra “congregação” destaca o fato de que a pequena irmandade já é igreja, e salienta o aspecto de reunião, mas tem a desvantagem de chamar a atenção para o grupo individual, por vezes num sentido sectário. 
  4. “Comunidade eclesiástica” poderia ser recomendado como possível alternativa para ambas.[2]



Origem

  1. No contexto bíblico, o termo igreja designa normalmente a reunião do povo de Deus no Antigo ou Novo Testamento (=o povo que Jesus vai afirmar que não tinha nada a ver com Deus, chegou a dizer que eram filhos do diabo)
  2. Na Bíblia, encontramos muitas imagens que mostram aspectos complementares do mistério da Igreja. 
  3. O Antigo Testamento privilegia imagens como: povo (de Deus), rebanho, escolhidos, oliveira; 
  4. o Novo Testamento usa imagens como: corpo de Cristo na terra, imagem pastoral (aprisco, rebanho, ovelhas), agrícola (campo, oliveira, vinha), de habitação (morada, pedra, templo), familiar (esposa, mãe, família, filhos).



No Antigo Testamento

  1. Embora o Novo Testamento acrescente um sentido mais profundo ao conceito de "igreja de Deus" ou "assembleia de Deus", contudo, deve ser compreendido que o NT não inventou o conceito de "igreja" ou "assembleia", antes o desenvolveu a partir de sua base veterotestamentária.

  2. "A LXX usa ekklēsía cerca de 100 vezes, na maior parte para qāhāl. 

  3. O termo ekklēsía tem o sentido básico de “assembleia” (cf. Dt 9.10; 1Rs 8.65); apenas o acréscimo de kyríou [do Senhor] dá a ele um sentido teológico (cf. Dt 23.2ss., etc.), ou uma expressão como “de Israel” (1Rs 8.14) ou “dos santos” (Sl 89.5, etc.)

  4. O uso de synagōgḗ [sinagoga] é similar. Este, também, é muitas vezes usado para qāhāl, e tem tanto um sentido geral (“assembleia”) quanto um sentido técnico (“congregação de Israel”). [...]

  5. Enquanto ekklēsía é quase sempre usado para qāhāl, qāhāl é traduzido por ekklēsía apenas em alguns livros (p. ex., Deuteronômio, Josué, Juízes, Samuel, Reis, Crônicas, Esdras, Neemias, Salmos).

  6. Em outros lugares, synagōgḗ é usado como equivalente, ocasionalmente também outros termos como óchlos ou sýstasis. Synagōgē, diferentemente de ekklēsía, também é usada para ‘ēḏâ, comum em Êxodo, Levítico e Números."[2]




No Novo Testamento

  1. A palavra "Igreja" aparece no Novo Testamento pela primeira vez no livro em Mateus 16:18, no evento conhecido como Confissão de Pedro.

  2. O termo pode ser a uma certa localidade como, por exemplo, as sete Igrejas do Apocalipse, ou pode se referir à igreja universal (católica = universal) como um todo unificado como em Mateus 18.15-17. 

  3. Em Mateus 18:15-17, no chamado "Discurso sobre a Igreja", encontramos as seguintes palavras de Jesus: Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, terás ganho teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e, se também recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano.




História

  1. Inicialmente, a organização das comunidades locais é centrada principalmente nos presbíteros ou anciãos e nos diáconos a serviço da caridade. Posteriormente, desenvolveu-se a liderança dos bispos distintamente dos presbíteros.

  2. Os contornos das várias funções dos bispos, presbíteros e diáconos são difíceis de determinar com precisão e muitos usam alguns desses termos de forma sobreposta ou intercambiável.[10]

  3. Em 325, no Primeiro Concílio de Niceia, uma estrutura hierárquica aparece com um bispo à frente de uma província que tem presbíteros (sacerdotes ou pastores), e diáconos.[11]


Termos distintivos da igreja

Existe uma terminologia tradicionalmente usada por todos os ramos principais do cristianismo para descrever e distinguir a Igreja de Cristo no seu sentido mais elementar, sem contudo, especificar um grupo ou ramo cristão em detrimento dos outros.



TERMOS DISTINTIVOS DA IGREJA

1. Una, santa, católica* e apostólica
  1. As quatro marcas da Igreja ou quatro características da Igreja são um grupo de quatro adjetivos ou atributos considerados como características que descrevem a Igreja de Jesus Cristo, sendo elas – una, santa, católica e apostólica.

  2. Estes atributos foram definidos oficialmente no Credo Niceno-Constantinopolitano, no ano de 381, o qual professa: "Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica".

  3. Essas quatro atributos, considerados em sentido lato (amplo), são admitidos e professados por todos os ramos do cristianismo e igrejas cristãs históricas.[12]

  4. Por exemplo, essa crença é partilhada pela Igreja Católica Romana, ortodoxas bizantinas, nestoriana, ortodoxas orientais, Presbiteriana, Anglicana e demais do protestantismo histórico, comumente chamadas de atributos da igreja.[13]

  5. *Nesse sentido amplo, o termo "católica" é usado pelos protestantes no seu sentido original amplo de "universal" e não deve ser confundido com o nome de uma igreja específica. Os Católicos Romanos já utilizam o termo "católico" nos sentido mais estrito.




2. Igreja militante e igreja triunfante

  1. A igreja universal (católica) é dividida em duas partes: igreja militante e igreja triunfante.

  2. A distinção entre igreja militante e igreja triunfantes significa que há um grupo de cristãos verdadeiros na terra que ainda lutam contra o pecado, o mundo e o diabo,

  3. e um grupo de cristãos verdadeiros nos céus que já venceram o pecado, o mundo e o diabo e agora estão com Cristo em glória aguardando a ressurreição do corpo físico.[14]

  4. EXPLICANDO 1... a igreja triunfante já está no céu.

  5. EXPLICANDO 2... a igreja militante está na terra em 4 modalidades: Pessoal, Local, Denominacional e atemporal.




3. Igreja visível e igreja invisível

  1. Essa distinção entre igreja visível e igreja invisível foi primeiramente desenvolvida em profundidade por Agostinho e se tornou consagrada no cristianismo em geral.[15]

  2. Essa distinção foi feita por Agostinho porque ele percebeu que a igreja, como observada humanamente, é um corpus permixtum (i.e., corpo misto),[15] onde há uma mistura de cristãos verdadeiros e falsos.

  3. A igreja enquanto grupo de pessoas ou instituição organizada, possui um conjunto de membros ou fiéis visível na terra, contudo, nosso conhecimento humano de quem compõe a igreja de Cristo é imperfeito, pois, hora consideramos como cristão aquele que de fato não o é, e hora consideramos como não cristão aquele que de fato o é. Essa seria a igreja visível.[16]

  4. Por isso, Agostinho também estabeleceu o conceito de "igreja invisível", que se refere à igreja como conhecida perfeitamente por Deus.

  5. Somente o Senhor da Igreja vê e conhece perfeitamente aqueles que são seus, pois ele vê o coração e espírito.

  6. Segundo Agostinho, a igreja invisível é encontrada substancialmente dentro da igreja visível, como se fossem dois círculos concêntricos no qual o maior círculo é a igreja visível e o menor interior, é a igreja invisível.[15][17]

  7. A igreja verdadeira invisível sempre terá uma manifestação visível e conhecida nesse mundo, contudo essa visibilidade é sempre imperfeita.





Em afresco de Pietro Perugino (1481-82) na Capela Sistina, Jesus entrega as chaves do Reino de Deus à Igreja, que é liderada pelo Apóstolo São Pedro,[18] e, consequentemente, a todos os Papas e bispos, que são os sucessores dos doze Apóstolos.[19]


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no entendimento do cristianismo

Principais ramos do cristianismo

Igreja Católica Apostólica Romana

  1. No Catolicismo, a Igreja Católica Romana, com uma administração centralizada no Vaticano, é a representação da Igreja.[20]

  2. A Igreja é "o povo que Deus convoca e reúne de todos os confins da Terra, para constituir a assembleia daqueles que, pela fé e pelo Batismo, se tornam filhos de Deus, membros do Corpo de Cristo e templo do Espírito Santo".[21]

  3. Os católicos acreditam que a única Igreja fundada e encabeçada por Jesus Cristo,[22] "como sociedade constituída e organizada no mundo, subsiste (subsistit in) na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele"[23]

  4. Segundo a Tradição Católica, a Igreja está alicerçada sobre o Apóstolo Pedro, a quem Cristo prometeu o Primado, ao afirmar que "sobre esta pedra (do grego "petros") edificarei a minha Igreja" e que "dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus" (cf. Mt 16, 17-20).[18] 

  5. Algumas igrejas orientais particulares sui iuris com autonomia de governo, tradições e liturgia próprias, mas reconhecendo a autoridade papal e em plena comunhão com a Igreja de Roma.

  6. Entre elas: Igreja Católica Eritreia, Igreja Católica Etíope e Igreja Católica Copta.



A Igreja Católica afirma ser a detentora na plenitude dos sete sacramentos e dos outros meios necessários para a salvação, dados por Jesus à Igreja. Tudo isto para reunir, santificar, purificar e salvar toda a humanidade e para antecipar a realização do Reino de Deus, cuja semente é necessariamente a Igreja..[24] Por esta razão, a Igreja, guiada e protegida pelo Espírito Santo, insiste na sua missão de anunciar o Evangelho a todo o mundo, sendo aliás ordenada pelo próprio Cristo: "ide e ensinai todas as nações, batizando-as no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19) [25] A Igreja, mediante os sacramentos do Batismo e da Reconciliação, tem, também, a missão e o poder de perdoar os pecados, porque o próprio Cristo lho conferiu".[26]

No Credo niceno-constantinopolitano, são atribuídas, à Igreja, as propriedades de una, santa, católica e apostólica.[27] Além disto, ela é, também, chamada de Esposa de Cristo,[28] Templo do Espírito Santo[29] e Corpo de Cristo, sendo este último revestido de um significado importante e especial para a Igreja. Este último nome assenta na crença de que a Igreja não é apenas uma simples instituição, mas um corpo místico constituído por Jesus, que é a cabeça, e pelos fiéis, que são membros deste corpo inquebrável, através da fé e do sacramento do Batismo. Este nome é assente também na crença de que os fiéis são unidos intimamente a Cristo por meio do Espírito Santo, sobretudo no sacramento da Eucaristia.[30][31]
Igreja Católica Apostólica Ortodoxa
Ver artigo principal: Igreja Ortodoxa

A Igreja Ortodoxa ou Igreja Católica Ortodoxa,[32][33] reúne as Igrejas autocefálicas que escolhem seu próprio primata.[34] São igrejas que de origem bizantina que romperam com Roma no Grande Cisma em 1054,[35] deixando de reconhecer a primazia do Papa e reconhecendo apenas o primado de honra do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.

As Igreja Católica Ortodoxa, assim como a Católica Romana, possui uma forte hierarquia episcopal (governada por bispos) e centralizada no Patriarca de Constantinopla.[carece de fontes] As igrejas autônomas têm um arcebispo. Por causa de sua influência ou importância histórica, uma igreja autocéfala pode ostentar o título de patriarcado ou de arcebispado e, portanto, ser liderada por um patriarca ou um arcebispo.[36]
Igrejas Ortodoxas Orientais
Ver artigo principal: Igrejas ortodoxas orientais

As chamadas igrejas ortodoxas orientais[37][nota 1] devem ser distinguidas das igrejas ortodoxas bizantinas (ver acima) que aceitam a doutrina do Concílio de Calcedónia (451 d.C.) sobre as duas naturezas de Cristo, doutrina que é aceita pelos católicos romanos e católicos ortodoxos bizantinos e protestantes históricos.[38][39][40] As igrejas ortodoxas orientais rejeitam, portanto, o Credo Calcedoniano,[nota 2] mas aceitam os três primeiros Concílios Ecumênicos e seus credos.

Igrejas evangélicas históricas
Ver artigo principal: Protestantismo

Os termos "protestantes" ou "evangélicos" são intercambiáveis, sendo que o primeiro tem caído em desuso. Motomura afirma que: "Em alguns países, especialmente no Brasil, o termo 'protestante' foi substituído por 'evangélico', retirando a conotação polêmica da palavra e dando uma característica mais positiva e universal."[41] A distinção que se faz entre protestante e evangélico como se fossem grupos diferentes[42] é meramente popular[nota 3] e não é correta historicamente, pois, desde a Reforma do século XVI, esse foi o termo "evangélico(a)" foi adotado por Martinho Lutero,[43] enquanto "protestante" foi um termo aplicado pelos católicos anos depois do início da reforma em 1529.[41] O mais exato seria fazer a distinção entre protestantes/evangélicos históricos e modernos, ou entre evangélicos históricos, pentecostais e neopentecostais.

As igrejas protestantes ou evangélicas.[42][43][44] históricas abrangem as denominações ou igrejas nacionais originadas no movimento da Reforma do século XVI como consequência das ideias de Martinho Lutero e outros reformadores: Igreja Evangélica na Alemanha[45] (Evangelische Kirche in Deutschland, de confissão luterana)[nota 4], Igreja Episcopal Anglicana, Igreja Reformada da Suíça, Igreja Reformada dos Países Baixos, Igreja da Escócia (presbiteriana), igrejas independentes (hoje chamadas de igrejas congregacionais) e, posteriormente, as igrejas batistas[46][47][48][49] Essas denominações ou igrejas originais se espalharam pelo mundo e passaram por desdobramentos e divisões.

No protestantismo histórico, normalmente as igrejas são nacionais e autônomas, não possuindo um governo ou concílio mundial como no Catolicismo Romano. Mas existem organizações internacionais que promovem a fraternidade e comunhão das diferentes igrejas nacionais. Por exemplo: a Comunhão Anglicana, a Federação Luterana Mundial e a Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas.[50][51][52]

A organização das igrejas nacionais variam bastante dependendo da denominação. Algumas igrejas se organizam em concílios e sínodos que têm autoridade normativa sobre as igrejas ou paróquias locais como as igrejas luteranas, reformadas e presbiterianas. Outras igrejas são independentes de uma hierarquia ou sínodo como: as igrejas independentes ou congregacionais e batistas históricos. No primeiro caso é dito que são igrejas conciliares, no último caso são igrejas congregacionais. Contudo, mesmo as igrejas independentes ou congregacionais formam "convenções" (ou "comunhão") com a finalidade de manterem comunhão e cooperação mútua das igrejas afiliadas facultativamente, mas sem autoridade e interferência nas igrejas afiliadas.[50]

Quanto ao governo ou liderança das igrejas protestantes, também há bastante diversidade. Algumas denominações são episcopais com uma hierarquia de bispos sobre presbíteros e diáconos como as luteranas, anglicanas e metodistas. Outras denominações são não-hierárquicas com um único tipo ou nível de liderança composta de presbíteros (indistinto de bispos ou pastores) e diáconos como no caso das igrejas reformadas, presbiterianas, congregacionais e batistas.[53]

Quanto a doutrina, há um conjunto de verdades centrais compartilhadas historicamente com o catolicismo romano como as doutrinas dos Credos Universais (Apostólico, Niceno, Niceno-Constantinopolitano, Atanasiano e o de Calcedônia), e doutrinas centrais peculiares do protestantismo compartilhadas entre as igrejas evangélicas históricas.[54] As igrejas evangélicas, exceto a Ala Alta da Igreja Anglicana, possuem apenas dois sacramentos ou ordenanças, a saber, o Batismo e a Santa Ceia (Eucaristia).[55] Muitas igrejas aderem a documentos confessionais (Confissão de Fé e Catecismos) e regulamentos comuns que explicitam suas crenças bíblicas.[54][56]
Igrejas evangélicas pentecostais

As igrejas denominadas pentecostais, surgiram nos EUA a partir dos batistas e metodistas. Essas igrejas conservam as mesmas características e variedade de organização, governo e doutrina centrais das igrejas evangélicas históricas, mas se distinguem delas quanto à doutrina dos dons ou carismas extraordinários como: falar em línguas (glossolalia), profecias, revelações e dons de curar.[57]

A Assembleia de Deus é tida como a maior igreja pentecostal do mundo, se bem que a rigor não é uma igreja unificada, já que oficialmente seu governo é congregacional independente, e possui várias divisões ou "ministérios" como normalmente são chamados.[58] Outras igrejas pentecostais bastante difundidas no Brasil são: Igreja do Evangelho Quadrangular e Congregação Cristã no Brasil.
Igrejas evangélicas neopentecostais

As igrejas evangélicas classificadas no meio acadêmico e eclesiástico como "neopentecostais" (embora não sejam nomeadas oficialmente com esse termo), têm origem na "Terceira Onda" do pentecostalismo no final da década de 70 nos EUA..[59][60][61]

Os "neopentecostais, conservam muitas crenças e práticas do pentecostalismo,[60] mas a principal característica dos neopentecostais é se distanciarem da moral e costumes rígidos[60] dos pentecostais e tradicionais, e, por outro lado, enfatizarem a teologia da prosperidade ou "confissão positiva" (prosperidade material, econômica e saúde física), a batalha espiritual (exorcismos, demônios territoriais, maldição hereditária, quebra de maldição).[59][61]


"Ainda segundo Mariano, quanto a essa nova roupagem do protestantismo no Brasil, podemos afirmar que as Igrejas Neopentecostais realizaram as mais profundas acomodações à sociedade (se pensarmos em termos de mutações do protestantismo através dos tempos), abandonando vários traços sectários, hábitos ascéticos e o velho estereótipo pelo qual os “crentes” eram reconhecidos e, implacavelmente, estigmatizados, abolindo certas marcas distintivas e tradicionais de sua religião, propondo novos ritos, crenças e práticas, dando ares mais brandos aos costumes e comportamentos como em relação às vestimentas. O prefixo “neo” é utilizado para marcar sua recente formação, bem como seu caráter de “novidade” dentro do protestantismo, mais especificamente do pentecostalismo."[60]

Como as pentecostais, essas igrejas também variam bastante quanto à organização (podendo ter ou não ter uma organização e um líder mundial) e quanto à forma de governo, sendo comum haver uma forte hierarquia: apóstolos, bispos, pastores (presbíteros), diáconos, evangelistas, missionários, obreiros etc.

Arquitetura das igrejas (templos)
Ver artigo principal: Igreja (edifício)

O termo igreja é usado para nomear e descrever não apenas uma comunidade religiosa cristã (pessoas) e organizações, mas também para nomear a construção, igreja (edifício), usada para serviços religiosos públicos ou culto cristão.

A arquitetura das igrejas variam bastante dependendo da época, lugar ou grupo cristão. Também há bastante variedade quanto aos adornos, símbolos e imagens utilizadas em seu exterior e interior.